segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

(RE) Conhecimento*


Eu já não reconheço o reflexo no espelho embaçado.
Eu já não reconheço a íris desses olhos opacos.
Eu já não reconheço essas olheiras profundas.
Eu já não reconheço esse meio sorriso forçado.
*
Eu já não reconheço essas mãos ásperas...
esses pés machucados...
esses cabelos sem forma...
esse cansaço...essa apatia...
essa falta de defesa e de ataque.
*
Eu já não reconheço esses pensamentos que parecem não me pertencer.
Eu já não reconheço esse preto & branco...
essa câmera lenta... essa falta de som.
Eu já não reconheço esse filme mudo.
Eu já não reconheço essa alma que vive em mim.
*
Eu já não reconheço o que me faz ser EU e não qualquer outra pessoa.




por: Dayane Moura*

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Mãos EX_vazias*

Se a gente vai pra longe
é só pra TENTAR se encontrar.

Tentativa arriscada essa.
Porque quando muito longe,
a gente acaba esquecendo de onde veio,
porque veio, além de não saber pra onde vai.

Marcar o caminho pra não se perder.
Marcar com um pouquinho de si..
deixando migalhas dos sentimentos mais doces


E de migalha em migalha
a gente se torna menos a gente.
Mais os outros.
Porque na tentativa de matar aquela fome,
de preencher aquele vazio tão profundo...
pegar um pouquinho do outro não satisfaz.
É pouco.
Não se contentar com migalhas
e querer sempre mais:
eis quando percebemos que
pegamos mais do que talvez mereçamos..
.
.
.
por: Dayane Moura



P.S.: só tenho medo de deixar cair de minhas mãos o seu CORAÇÃO.




quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pára-queda, sem parar*

Se jogar do alto dos sentimentos abissais,
sem asas:
nem pássaro nem anjo.
*
Uma necessidade;
não covardia. NÃO.
Uma última tentativa de sobreviver,
de se ejetar do que te sufoca,
do que pode te levar para um fim prematuro.
*
Quando se parte rumo ao desconhecido,
é recomendado mapas e bússolas.
E se for um abismo profundo, é necessário ainda um pára-quedas.
Que não PÁRA, não evita e nem previne,
mas que ameniza tua queda.
Faz com que chegue ao seu destino
ainda consciente.
ainda VIVO.
*
*
E quando não se tem NADA disso?
Nenhum aparato.
Deve conter-se do pulo para evitar um possível FIM?


SOBRE_viver sempre.
SUB_viver jamais.


por: Dayane Moura*

domingo, 9 de agosto de 2009

Reflexo Interrompido*


.
.
.

Se antes eu era um mistério,
agora fui desvendada
e temo não ser nenhuma
esfíngie ou sorriso de monalisa.
.
Isso seria complexidade demais para mim.
.
Temo ser um simples rabisco
ou um emaranhado de linhas tortas:
não há o que desmistificar.
.
Minha alma se retorce dentro de mim
querendo sair de um casulo
que levei a vida inteira para construir
achando que sairia dele como uma borboleta...
.
Agora não há como saber
se a metamorfose foi completa,
pois a minha alma eu não posso ver num espelho
e é difícil me enxergar de dentro.
.
Preciso, então, olhar em teus olhos.
eles são meu espelho.
.
Reflito o que você me reflete.
.
Agora nada sou, nada reflito:
você simplesmente fechou os olhos pra mim.
.
.
.
(Dayane Moura)
*
P.S.: Em minhas mãos só linhas nas palmas... o espelho que segurava parece ter se quebrado sem ter deixado nem ao menos cacos. Só me resta decifrar as linhas da vida.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

TOP BLOG

Gente, estou participando do Prêmio TOP BLOGS
...
PARA VOTAR,
BASTA CLICAR NA IMAGEM ABAIXO,
ELA ABRIRÁ A PÁGINA DE VOTAÇÃO!

Quem puder votar....
Agredeço desde já!
beijo*



Top Blog Prêmio é um sistema interativo de incentivo cultural destinado a reconhecer e premiar, mediante a votação popular e acadêmica (Júri acadêmico) os Blogs Brasileiros mais populares, que possuam a maior parte de seu conteúdo focado para o público brasileiro, com melhor apresentação técnica específica a cada grupo (Pessoal, Profissional e Corporativo) e categorias.


...

sábado, 25 de julho de 2009

Mistérios e desmistificações*


Olhos intrigantes, sinceros e reveladores...
dores de amores? Ou seriam dores de desamores?
SIMPLESMETE DORES.
.
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Sobrancelhas feito arcos expressam
o que talvez seja surpresa
ou quem sabe decepção...
.
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Cílios que desejam varrer
tudo o que não merece ser visto...
.
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Nariz?
O mundo parece estar na ponta dele
e às vezes parece estar pintado de vermelho...
.
.
Lábios como jardins suspensos.
Fonte restrita.
.
.
Ouvidos atenciosos a palavras proferidas.
Calúnias? Desilusões? Omissões?
Ou seriam meias verdades?
.
.
Cabelos...
neles muitas histórias entranhadas.
.
.
Mãos com linhas desenhadas
em suas palmas.
.
.
Braços que se abrem
para pessoas queridas.
.
.
Pernas que pulam obstáculas
e que tem como sustentáculos
os pés, que apesar de estarem
quase sempre no chão,
dão impulso para quem almeja voar e não tem asas.
tem apenas um coração...
sem lógica e sem razão.
.
.
Tudo isso dói:
dor prazerosa e agonizante.
Tudo isso EU.
.
.
.
Dayane Moura*
.
.
.



.

.

.

P.S.: Mais um poeminha antigo, mas meu né?!...reavivando sentimentos e ideias.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Das armaduras*


*


Fiz minha própria armadura
e me recolhi,
não por completo,
pois sempre há uma parte
que fica desprotegida
e nos torna vulneravelmente humanos.
*
P.S.: Celebre: palavras breves.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Parabéns também é sinônimo de agradacimento*

*

O que dar de presente pra alguém
que é indispensável em sua vida?
...
Dar um presente de aniversário
é uma forma de agradecer
a esse alguém por ele existir
e fazer parte de sua vida por mais um ano!
...
Mas muitas vezes,
o que se pode dar a esse alguém
não cabe numa caixa,
não pode ser embrulhado,
nem tem preço.

*
*
Dada essa impossibilidade de presenteá-lo,
resta-nos comemorar.
Comemorar com esse alguém
por dar-nos um pedaço de sua vida.
Mas veja só a ironia:
saborear um pedaço da vida desse alguém
sem ao menos ter lhe dado um presente a altura!


*

*
Só alguém muito especial é capaz de dividir
sua vida com os que estão a sua volta...
dividir em pedaços, não em migalhas.
além de tornar a vida de todos mais leve e colorida.



*


*


Com esse alguém,
é mais fácil alcançar qualquer coisa...
por mais longe que tudo pareça...
afinal, por maior que seja a distância..
I'll be there.


*


*


P.S.: O único presente que posso dar não cabe numa caixa...sei que não é muito, mas é TUDO.
Não cabe numa caixa, mas cabe nessas palavras.
Beises*



terça-feira, 14 de julho de 2009

Vide Bula*

Num momento de confessionário
desenvolvi uma teoria:
não devia haver dor pro que não há remédio!
A dor na alma é uma dessas dores.
.

.
Você num estado quase terminal,
sabendo que nada pode fazer para amenizar
toda a agonia.
Só esperar..
esperar a dor se esvair,
se espalhar por todos os poros,
dividindo assim, a sobrecarga de um ponto-alvo.
.

.

Sei lá,
deviam haver
pequenas doses de ...
de...
de...
.

.
O que seria remédio pra dor na alma?!
Não faço idéia,
acho que a verdade é que
primeiro devemos levar uns tapas da vida
ou uma chacoalhada pra que acordemos
de um coma emocional ..
porque SIM, a dor quando insuportável
nos faz entrar em coma..
.

.
No coma emocional, a dor não é sentida,
mas ainda está ali ...
mais viva do que nunca..
e se não podemos senti-la
não podemos curá-la.
.
.
Sim, porque se tem algo que descobri nessa vida
é que pra sarar a dor
só sentindo-a ao máximo, por completo...
até que chegue ao clímax e se esgote ...
e
.
.
.

''tanta gente queria não sentir dor...que acaba esquecendo que ela está ali por algum motivo.''



P.S.: para um amigo, num momento de dor...mas é sem prescrição médica, tá?!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Que será o amor?*



Que será o amor?
As pétalas de uma rosa?
Ou um emaranhado de espinhos?
Talvez seja um poema em prosa...
ou será um verso sozinho?
*
Será que é chama que consome?
Não...
aí seria paixão.
Pode ser fome
da alma e do coração.
*
por: Dayane Moura*
[*]poeminha antiguinho, tirado de um diário.[*]
P.S.: Defina como quiser. De nada adiantam definições e respostas. O amor é a própria resposta para uma eterna interrogação: NÓS.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ausência gritante, presença silenciosa*

Não que um tenha fugido.
Não que outro tenha deixado.
Não que um tenha esquecido.
Não que outro tenha tentado.

Mas um teve que ir.
Seguir em frente, porém voltando.
Outro teve que ficar.
Continuar a prosseguir, porém permanecendo.

Ausência nos cantos.
Presença nos corações.
Silêncio nos ouvidos.
No pensamento, canções.

Um fez pelo outro
o que pôde.
Um deixou uma pitada de si
e levou mais um punhado do outro.
E assim, se esbanjaram.

As direções são diferentes.
Mas como o sentido é o mesmo,
o caminho logo vira um só.

A linha de chegada é um mistério,
visto que a partida já o é.


P.S.: Infelizmente um não cabe na palma da mão,
e o outro não cabe no bolso.
Afinal suas imensidões se ultrapassam.

Mas aconteceu o fato inevitável:
ele guardou uma pitada dela nos bolsos;
ela levou um punhado dele nas mãos.
E partiu.



terça-feira, 9 de junho de 2009

lá, cá..cala*

Detesto despedidas.
Até porque não me despeço de nada:
trago tudo comigo
e dou um pouco de mim em troca.


Minha vida não cabe numa mala...
então divido-a.
Minhas lágrimas não cabem nos olhos...
então escorrem pela janela.


E de repente a lembrança vira suspiro.


***


P.S.: na volta de uma viagem,
a bagagem sempre parace mais cheia, mais pesada...
mesmo que você traga na volta apenas o que levou na ida.
Acho que é justamente a vida
que volta mais cheia de si,
e com um pouco dos outros.













terça-feira, 5 de maio de 2009

Deixar para trazer*

Malas prontas,
e todo o resto ainda inacabado.
Não só as malas vão cheias.
eu também vou:
meio cheia e meio vazia.
Há muito o que ocupar ainda.
Sempre há
P.S.: gente vou viajar e, não por outro motivo, passarei uns tempos sem escrever aqui.
me aguardem: vocês não se livraram de mim ainda!eu volto.
beises et beises*

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Braços*





Braços abertos,
não como quem espera
cair do céu o que é seu.
Braços abertos,
não como quem pede perdão
ou redenção.
Braços abertos,
não como quem suplica
ou se arrepende.
Braços abertos
como quem abraça a vida,
não como quem espera a morte.
...
como quem vive,
apesar de tudo,
apesar de todos.
P.S.: só fecho os braços se for para te envolver neles.
beises*

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Flor no concreto*



Numa fortaleza de paredes intransponíveis
você achou uma janela,
rapidamente invadiu-a...


e como um jardineiro
(talvez não tão fiel),
plantou o amor,
trouxe vida para onde só havia poeira...

como um artista
que colore o quadro desbotado!







P.S.:agora que você plantou essa flor no meu peito, é reponsabilidade sua cultivá-la...
mas lembre-se: 'tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas'...e pelo que cultivas também.






beises*




quinta-feira, 16 de abril de 2009

Mosaico*


Um mosaico
colorido, disforme, simples e complicado.
Para uns: requinte, para outros: prosaico.
Mas tem sua beleza e seu significado.



P.S.: Um mosaico com muitas
partes faltando.
sobram espaços, faltam peças.
beises*

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Destino de *




destino irregular


de tortas linhas


de um sem par


de angústias vizinhas


de alguém sem lar


de lágrimas sozinhas


de alegrias tuas, tristezas minhas.





[*********]

P.S.: cada tropeço dado, uma dor sentida
cada amor tirado, uma lágrima perdida
cada alegria multiplicada, uma tristeza dividida.







Beises et beises*

domingo, 12 de abril de 2009

[*]

*



Sonhos como nuvens.
Tomam a forma que a imaginação dá:
inalcansáveis vistos do mar,
reais vistos do ar.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ato do desato*

O na garganta
querendo se desatar em lágrimas

...



Como um laço pode ser dado
usando-se só um lado da fita?
É um pseudo-laço.
É uma pseudo-história.
O outro lado nunca se envolveu com o outro
sempre esteve solto.
Sem definição.
Maleável e livre .


E para desfazer um pseudo-laço?
Não precisa-se de muito.
Não precisa-se de nada.
Ninguém desfaz algo que nunca existiu.
Pseudo: falso.
Falso como seus discursos.


Sentir a dor ao máximo
para exumá-la.



Sentir-se bem acaba por levar a sentir-se mal.
Sempre.
Ciclo vicioso.
Uma droga.
Como você.


[*]

P.S.: Não quero virar um nó. Só.

beises

;*

terça-feira, 31 de março de 2009

metades diferentes de um mesmo inteiro*

Pernas pra fora da cama.
Pernas pra fora do sonho.
Realidade.
Cabeça e coração em quem se ama.
Sensibilidade.
Às vezes sou metade.
Às vezes sou inteira.
Mas a verdade é que,
nem que você queira,
nenhuma parte minha
você é capaz de enxergar.

...

*E assim vou me mantendo viva:

uma metade minha acorda, levanta e vive, e outra dorme, sente e sonha.*

Beises!

;*

quinta-feira, 26 de março de 2009

Achada por uma bala perdida*



Uma bala perdida bem no peito.
Uma verdade me acerta.


Uma bala perdida me acha
e, não bastasse isso,
você ainda fica cutucando minha ferida.
Cutucando-a com silêncio.
Com a indiferença.
Com uma suposta felicidade
da qual eu não faço parte.
Não há mais nenhum lugar
em meu coração
que já não tenha sido ferido.

Buracos.
Vazios sequenciais e aleatórios.
Uma verdadeira peneira vermelha
onde a esperança se esvai e fica a dor.


Já não há mais coração.
Uma peneira vermelha...
quase o próprio vazio.

Tenho vivido a peneirar meus sentimentos...
limitando-os, suprimindo-os...
Catando migalhas que você me jogou
com a esperança de que,
se eu as cultivasse,
pudesse, talvez, brotar algo
nessa terra que já foi fertil
e que hoje é um semi-árido
rumo ao deserto.



(e tudo o que queria era
realizar um improvável sonho
ou, no minímo, continuar sonhando)


Dayane Moura*

*aos poucos estou achando o caminho de volta...*

beises

;*


domingo, 22 de março de 2009

Uma fênix diferente*





Chorar até secarem as lágrimas, os olhos, a alma...

...

Num tropeço dado
numa pedra qualquer,
ou em nossas próprias pernas,
caimos em nós.

Nesse mergulho
até quem sabe nadar
acaba se afogando...

O fato é
que depois de afundar por completo
o ar começa a faltar,
o desespero bate a porta.
E do desespero surge a força,
ressurge você ...
Como uma fênix.
Uma fênix
que renasce das águas profundas
e não das cinzas.


Emergir não é o ponto final.
é a vírgula dessa história que não cabe em páginas.

Ainda tem que torcer a alma,
extrair o que um dia lhe serviu,
mas agora é apenas um fardo.

Depois de torcida,
a alma fica extendida,
exposta
e seca.

Talvez se inunde novamente
Talvez lhe caiam apenas pingos,
mas uma coisa é certa:
não ficará seca pra sempre,
pois até o mais seco dos seres humanos
com os mais secos sentimentos
tem uma gota que seja
de poesia: a humanidade.

Ninguém se esquiva de todos os pingos.
E às vezes pra se lavar a alma
precisa-se apenas de um.
Dayane Moura*








eu vivo de me afogar e me salvar.
minhas gotas são meus profundos oceanos.
beises et beises

quarta-feira, 18 de março de 2009

'hiatos'*

'tenho período de produzir intensmente e tenho períodos hiatos em que a vida fica intolerável'
[...]
'podem ser longos e eu vegeto nesse período ou então, pra me salvar, me lanço logo numa outra coisa'
[...]
'estou meio oca'
*entrevista de Clarice, trecho sobre os períodos que não escreve*
Acho que não preciso dizer mais nada,
Clarice me entende.
beises*

terça-feira, 17 de março de 2009

Pause*

Uma pausa neste filme!


...


A próxima cena é um suspense.
Cenas aleatórias,
sem um sentido lógico.
O tempo psicológico domina,
mas o cronológico corre



Procurando seguir a direção
que a vida me dá
e que o vento mostra.
Mas com a sensação
que aonde quer que eu vá
acabarei voltando ao começo
do qual eu eu nunca sai.



Vou dar uma pausa...
Mas sem congelar o momento,
uma pausa continuada.



Há muito o que dizer.
Mas o silêncio aqui se explica por si:
nada tenho escrito,
mas muito tenho sentido.

É que sentimentos, às vezes, sufocam
tiram-me o ar
tiram-me o chão
tiram-me palavras
tiram-me a razão

Me tiram de mim de mesma
e me levam para aonde?
me levam para quem?
me trarão de volta para mim?



Norte, Sul...

tanto faz

espero voltar..


V O L T A R E I !











vou dar uma pausa aqui no blog...as palavras têm se recusado a aparecer!mas quando eu as encontrar, ou quando elas vierem de encontro a mim, as registrarei aqui para que não sumam!

Obrigada pela atenção de todos que aqui passam!

Merci beucoup!

até breve!

beises

;*

sábado, 21 de fevereiro de 2009

desfazendo-se para fazer-se*

Era mais que o desejo
de que ele lhe beijasse a boca pintada
- pintada de uma cor entre o rosa sutil e o vermelho encarnado.


Era um desejo de que ele apagasse
- feito borracha -
as pinturas de seu rosto...
as finas linhas avermelhadas de seus lábios,
o rosado que lhe corava as maçãs
e a sombra que lhe encobria o olhar contornado de negro.


Sim,
era o desejo que ele lhe apagasse a pintura que
- feito uma máscara -
a escondia do mundo.
Desejo de se desfazer
para fazer-se.
Desejo de que ELE a tornasse ELA.



a imagem a cima trata-se de
O Beijo, de Gustav Klimt é uma das imagens ícones da arte do século XX






beises et beises





;*




segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

humor no vazio''

Dias e dias.
Boca selada
palavras perdidas.
Coração nem quente, nem frio.
é um morno no meu vazio.
É um pulsar sem sentido.

Dias e dias
caindo num abismo
caindo na realidade
caindo em mim.
Choque, contraste, impacto.


Me mostro brincando de esconde-esconde.
Subentender sempre foi mais divertido.
Nunca foi tão difícil me esconder.
Nunca foi tão fácil me achar.
Nunca foi tão perigoso abstrair.
Nunca foi tão sério brincar...









[mas que paia, doido..¬¬]***
perdão pelo post...
u.u'
;*