Uma bala perdida bem no peito.
Uma verdade me acerta.
Uma bala perdida me acha
e, não bastasse isso,
você ainda fica cutucando minha ferida.
Cutucando-a com silêncio.
Com a indiferença.
Com uma suposta felicidade
da qual eu não faço parte.
Não há mais nenhum lugar
em meu coração
que já não tenha sido ferido.
Buracos.
Vazios sequenciais e aleatórios.
Uma verdadeira peneira vermelha
onde a esperança se esvai e fica a dor.
Já não há mais coração.
Uma peneira vermelha...
quase o próprio vazio.
Tenho vivido a peneirar meus sentimentos...
limitando-os, suprimindo-os...
Catando migalhas que você me jogou
com a esperança de que,
se eu as cultivasse,
pudesse, talvez, brotar algo
nessa terra que já foi fertil
e que hoje é um semi-árido
rumo ao deserto.
(e tudo o que queria era
realizar um improvável sonho
ou, no minímo, continuar sonhando)
Dayane Moura*
*aos poucos estou achando o caminho de volta...*
beises
;*
então...
ResponderExcluirsó vejo sangue nesse poema. daqueles que saem por todas as possíveis feridas. dói, day.
e o achada por uma bala perdida remete a algo inesperado.
deu pra sentir.
beijão
Forte... tudo que tu escreve me ativa a curiosidade de te conhecer ainda mais, o que te aflige, o que te agrada, o que te faz continuar a escrever tão bem sobre sentimentos...
ResponderExcluirTu não tem idéia do quanto tento entrar nesse blog pra te ler um pouquinho sempre...
^^
Belo teto, to te acompanhando sempre que posso!
Beijooos!
Saudades!